sábado, abril 26, 2008

Monografia de ex-aluno da Casa

D'APARECIDA, Rafael Penchel. A narrativa visual nas histórias em quadrinhos contemporâneas. Belo Horizonte: Centro Universitário UNI-BH, 2004. 86 f. (Monografia)

“O objetivo desse trabalho foi o de contribuir para o melhor entendimento das técnicas empregadas na forma de narrativas de histórias em quadrinhos, demonstrando essas técnicas e as possibilidades que elas permitem. Uma vez que a construção de uma narrativa visual nos quadrinhos envolve um dinamismo entre texto e imagem, que se evidencia na construção do requadro, cabe responder a seguinte problemática de pesquisa: como construir tempo, espaço e dramaticidade numa narrativa visual de história em quadrinhos?

Para tentar responder essa questão foi utilizada como metodologia uma ampla abordagem (hermenêutica) sobre a produção e a linguagem dos quadrinhos; uma análise de três importantes e significativas obras do mercado de Belo Horizonte (a fim de demonstrar algumas técnicas de narrativa que são utilizadas na produção de quadrinhos) e, por fim, entrevistas direcionadas para tentar esclarecer a questão proposta como problemática de pesquisa.

O mérito desse trabalho foi o de, ao longo de sua realização, ser capaz de propor uma importante abordagem e apresentar um conteúdo de estudo e aplicação das técnicas que permeiam a produção das histórias em quadrinhos.”

Apresenta os elementos da linguagem dos quadrinhos, o requadro, o texto, a imagem, a arte, o design, a página, a seqüência de leitura; os quadrinhos e a comunicação de massa, técnicas de narrativa visual em histórias em quadrinhos contemporâneas (análise da narrativa de Os Fabulosos X-Men, Celton e Fahrenheit 100º). Relata também entrevistas realizadas com os autores Lacarmélio Alfeu (autor de Celton), o professor Erick Azevedo e Cristiano Seixas, ambos da Casa dos Quadrinhos.

Se você desejar ler na íntegra este texto, basta ir até a Biblioteca da Casa.

Abstrato

A abstração como recurso didático no Curso de Desenho Artístico Avançado da Casa das Artes Visuais.

por Eduardo Bernardes

“Um quadro – antes de ser um cavalo de batalha, uma mulher nua ou alguma anedota – é essencialmente uma superfície plana coberta de cores dispostas de uma certa maneira.”
Maurice Denis

As primeiras aulas do Curso de Desenho Artístico Avançado são dedicadas à in­trodução às técnicas de composição espacial. Composição, segundo Matisse, “é a arte de arranjar de maneira decorativa os diversos elementos de que o pintor dispõe para exprimir seus sentimentos” (apud CHIPP, 1996, p.128). Estes elementos, tais como abordados no DAA, são os considerados como essenciais às artes visuais: o ponto, a linha, a forma, a textura e a cor, além do plano pictórico bidimensional que é “a superfí­cie material destinada a suportar o conteúdo da obra” (Kandisnsky, 1997, p.105).


A metodologia utilizada nestas aulas privilegia, tanto nas imagens de referência quanto nos exercícios propostos, as expressões não figurativas, comumente conhecidas como abstração. Japiassú e Marcondes (2001) definem abstração como “operação do espírito que isola, para considerá-lo à parte, um elemento de representação, o qual não se encontra separado na realidade. Ex.: a forma de um objeto independentemente de sua cor”.


No caso do DAA consideramos a relação dos elementos com o espaço e com os outros elementos componentes da composição independentemente de sua representação objetiva. Ou seja, num primeiro momento, não nos interessamos pela construção das figuras (anatomia, estilo, etc.) e nos atemos à colocação das figuras no espaço.


A opção por exercícios e exemplos baseados na abstração, principalmente a geo­métrica, tem por objetivo manter o foco do aluno na construção do espaço. Ao termina­rem o curso de Desenho Artístico Fundamental, que trabalha principalmente a constru­ção das figuras, os alunos têm a justificada preocupação em construir bem seus perso­nagens. Esta preocupação, nas aulas que tratam da composição, torna-se um complica­dor na realização de exercícios cujo objetivo fundamental é a percepção espacial e a estruturação do espaço pictórico, pois os alunos tendem a gastar mais tempo na elabora­ção das figuras do que na análise das propostas do exercício.


Os exercícios são realizados com a utilização de réguas, esquadros, compassos e gabaritos de formas geométricas, instrumentos fundamentais para o desenhista e com os quais os alunos poucas vezes estão familiarizados. O aprendizado da utilização destes instrumentos de suporte é um dos objetivos complementares do DAA.


Jogos como o tangram, quebra-cabeça chinês baseado em figuras geométricas, é utilizado como meio de transição entre figuração e abstração, facilitando ao aluno a compreensão das propostas dos exercícios.


Exercícios de cunho puramente abstrato tornam a ser realizados diversas vezes no decorrer do curso, principalmente nas aulas de teoria cromática onde servem de suporte para estudos de harmonia e contraste. Novamente, nestes exercícios, propõe-se ao aluno que abra mão da figuração em favor de uma observação mais direta das relações entre cores e tonalidades e da prática com os materiais estudados. A utilização dos materiais, preenchimento de áreas, estudos de textura e escalas tonais são facilitados quando não há a preocupação em construir s figuras “corretamente”.


Não é objetivo do DAA hierarquizar conhecimentos. A construção das figuras deve ser continuamente aperfeiçoada e os professores devem estimular os alunos a bus­carem conhecimento e alternativas construtivas em relação aos objetos. Porém, o su­porte de estrutura composicional e técnica (aplicação adequada de tintas, texturas, etc.) que juntamente com a construção das figuras corresponde ao todo do desenho, têm no curso de Desenho Artístico Avançado seu momento específico no programa da Casa das Artes Visuais.


A utilização da abstração como recurso didático dá suporte para que o professor trabalhe em classe estas questões estruturais e técnicas isolando por momentos o aluno de suas preferências estilísticas e estimulando-o perceber o desenho como um todo.


Vale lembrar que após cada exercício “abstrato” realizado pelo aluno ele deve re­alizar outros, segundo suas preferências figurativas ou não, aplicando os conhecimentos adquiridos e praticados em sala.

Referências bibliográficas

CHIPP, Herschel Browing. Teorias da Arte Moderna. 2ª ed. - São Paulo: Martins Fontes, 1996.

KANDINSKY, Wassily. Ponto e linha sobre plano. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

JAPIASSÚ, Hilton. Dicionário básico de filosofia. 3ª ed. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1996.

sábado, abril 19, 2008

Thomas Magnum

Spider Man 3 (lápis de cor)

Moon (nanquim)


Old Man (aquarela)

Cat (nanquim)


Os trabalhos acima são do aluno de Narrativa Visual Thomas Magnum. Thomas iniciou seus estudos na Casa dos Quadrinhos no primeiro semestre de 2007 e neste mesmo ano foi premiado com o Troféu da Casa na categoria Desenho Artístico Avançado. São referências: William Blake, Rudyard Kipling, Esad Ribic (desenhista do Loki), Gustave Doré (clássico). Gosta muito de música (Legião, Cold Play e U2). Lê muito e toca piano. Se quiser conhecer um pouco mais do trabalho deste artista acesse http://thmagnum.deviantart.com/

quinta-feira, abril 17, 2008

Danilo Dias

Trabalhos do professor de Desenho Artístico Avançado Danilo Dias

Zumbi & Articulado - Velhas obsessões

Velho do lixo - Salvando o mundo

s/t (nanquim e aquarela)

Desenho é para ser visto

Às vezes nos cobramos em demasia sobre a qualidade daquilo que fazemos. Buscamos comparar nossa produção com a de nossos ídolos ou inspiradores e, quase invariavelmente, nos julgamos muito aquém de suas qualidades como artistas. Sonhamos com nossos desenhos publicados em veículos consagrados, revistas de alta vendagem ou livros de ampla divulgação. E, desconfiados da nossa humilde produção, deixamos nossos desenhos nas gavetas ou guardados em alguma pasta.

Desenhos são feitos para serem vistos. Não importa se publicados em outdoors pelo mundo afora ou em um fanzine mixuruca, impresso em xerox de má qualidade. O importante é expor os desenhos, independentemente se isto é conseqüência de um trabalho profissional ou de uma simples brincadeira de “galera”.

A tecnologia abriu várias possibilidades. Há os blogs, fotologs e sites onde se pode publicar desenhos, hqs e animações gratuitamente, permitindo que um extraordinário número de pessoas tenha acesso ao nosso trabalho. É uma boa idéia pra quem procura ser visto ou ver o que acontece no mundo das artes visuais.

E não estou nem contando os sites e publicações “oficiais”. Vasculhando o Orkut, fotolog e blogs podemos encontrar todo o tipo de arte produzida por profissionais do ramo, amadores e malucos que, mesmo sem muita técnica, têm muita vontade de publicar.

Mesmo com toda facilidade que a internet nos traz, o fanzine impresso ainda mantem o seu charme. Do mais elaborado até o supracitado “zine em papel xerox”, ainda encontramos em abundância por aí estes “jornaizinhos” onde aliviados da censura “institucional” seus autores nos premiam ou aborrecem com sua visão de mundo.

A Casa contribui para a sobrevivência do fanzine impresso com O Reboco e com o Laboratório. O Reboco comemora, na edição nº 15, seu quarto ano de vida e, durante este período, já publicou desenhos e hq’s de muitos alunos que hoje atuam profissionalmente no ramo de ilustração, diagramação e produção de histórias em quadrinhos. É um “fanzine escola” que possibilita aos muitos alunos o primeiro contato com o mundo da produção editorial.

Então (e aqui me dirijo especialmente aos alunos da Casa) não deixe seu desenho numa gaveta fria e escura, abandonado às traças ou entregue às baratas. Exponha-o no mural da escola, publique-o n’O Reboco ou junte um bando de desenhistas doidos e crie seu próprio fanzine e saia distribuindo-o por ai. E sempre conte com a possibilidade das pessoas gostarem do seu desenho. Acontece com uma freqüência maior do que imaginamos!


Eduardo Bernardes (Prof. Desenho Artístico Avançado)

quarta-feira, abril 16, 2008

Ilustração digital

Com base no esboço eu tracei o resto do cenário no Photoshop e mesclei uma foto (o castelo eu achei na net e "encaixei" no resto do cenário)! Depois levei o trabalho para o PainterIX onde fiz a pintura utilizando a técnica óleo, mas com diferentes configurações e pincéis (alguns tipos foram usados só na pele, outros na roupa e outros só no fundo). Depois disso voltei ao Photoshop CS para fazer os ajustes de cor, correções, efeitos e ambientação!
Espero que tenham gostado e, por favor, comentem e critiquem o trabalho!

Gulliver Vianei

Professor de Ilustração Digital



sexta-feira, abril 11, 2008

O Reboco #15

Já está circulando a nova edição do O Reboco!


Você vai conferir na edição #15: capa do aluno Pedro Ivo, matéria sobre a Exposição no Espaço Cultural da Casa, um artigo (muito pertinente) do professor Bernardes, como foi o Natal HQ e ilustrações de alunos dos cursos da Casa.

Pegue já o seu na Recepção da Casa!



Agradecimento

A direção da Casa dos Quadrinhos agradece a todas as pessoas que ajudaram a enriquecer o acervo da Biblioteca da Casa com preciosas doações. Todas essas pessoas que abdicaram da posse do objeto bibliográfico merecem o nosso mais sincero agradecimento, pois agora todos podem ler, aprender e se divertir com esses títulos. Muito obrigado!


Alessandro de Melo Rocha
Alexandre Starling
Ângelo Carvalho
Bruno Amorim
Cecília Costin
Cristiano Seixas
Daniel Pinheiro
Davi Zauli
Doroti Seixas
Diogo Chagas Lima
Eduardo Bernardes
Erik Azevedo
Filipe Dilly
Guilherme O. Nascimento
Gulliver Vianei
Jean Paulo Lopes
Leonardo Tomaz
Eduardo Pansica
Rafael Penchel
Rodney Buchemi
Ronaldo Reis
Silvia Alciati
Sophia Cueto
Tayla Olandim
Tiago Lara
Victor Maia

E se você também tiver algum material em casa e desejar compartilhar com outras pessoas, faça a sua doação para a Biblioteca da Casa!

Superalmanaque Astronauta


Almanaque Astronauta #2: ficção científica de primeira
Por José Salles
30/06/2006

Qualquer banca ou livraria ou sebo que venda revistas em Quadrinhos usadas merece ser “garimpada” de cabo a rabo. Olhar atentamente para as prateleiras, conferir qualquer orelha de capa que estiver oculta sob outra revista, observar atentamente cada um dos gibis que estiverem empilhados ou enfileirados, até o último quadrinho. Nunca se sabe que raridades podemos encontrar e que estavam perdidas a nossos olhos, misturadas no meio de pilhas de revistas que não nos interessam. Outro quesito para colecionador é pesquisar cada vez mais sobre os itens desejados – quanto aos quadrinhos brasileiros, por exemplo, ainda há boa oferta de gibis lançados nos anos das décadas de 80/90 do século passado. Quanto mais informações tivermos sobre publicações brasileiras, mais excitante será nossa procura por exemplares que contenham o que de melhor foi publicado na época.

Tempos em que eu já era um fissurado leitor de gibis, mas nunca na minha vida havia me deparado com este Supermalmanaque Astronauta #2 – muito provavelmente esta publicação não chegou até a cidade onde eu morava na época, ou, quem sabe, a culpa tenha sido toda minha, uma distração imperdoável. O tamanho reduzido do Superalmanaque Astronauta #2 (formatinhozinho), e suas 66 páginas, faz com que talvez não mereça o epíteto de “super”, entretanto, uma rápida folheada e já percebo que estou diante de precioso material de quadrinhos – uma seleção notável de artistas impressionantes, que me faz ter em mãos um novo e valioso item para meu acervo. Superalmanaque Astronauta #2 contém uma estonteante seleção de HQs feitas por artistas brasileiros e, surpresa, também por autores argentinos. A capa não mente quando diz que o gibi contém “As mais incríveis aventuras! – Quadrinhos de Ficção-Fantástica”.

Não há qualquer informação a respeito da publicação nas páginas da revistinha. Nem o nome da editora (há na capa uma letra “a” no centro de uma estrela, a única pista que encontrei). Três autores colocam o ano em que terminaram seus respectivos trabalhos – e o ano mais avançado é o de 1991, que eu acredito ser a data da publicação, graças ao preço estampado na capa: Cr$ 3500,00. Como se lembram os quarentões de hoje, a partir de 1986 nossa moeda era o Cruzado (Cz$) e pouco tempo depois, durante a inflação galopante do governo José Sarney, Cruzado Novo (NCz$). Com o famigerado plano Collor (começo de 1990) voltamos ao Cruzeiro (Cr$), e a julgar pelo preço da capa, que hoje nos parece extorsivo, já demonstra o fracasso do tal plano collorido, e a inflação havia retornado (só iria terminar em 1994, com o Plano Real do então Ministro da Economia Fernando Henrique Cardoso). Puxa, tudo isso para tentar achar a data de um gibi. Parece-me que a antevisão dos relançamentos dos encalhes é que fazia com que os editores não colocassem as datas nas revistas, nem ao menos o ano de publicação – ou seria puro desleixo, mesmo?

E as histórias lançadas neste Superalmanaque Astronauta #2 me parecem mesmo republicações. Por quase todas as HQs perpassa o tema do flagelo nuclear, o que indica que ainda pairava sobre a cabeça da humanidade os perigos da Guerra Fria – quando sabemos que em 1991 o Muro de Berlim já havia sido derrubado, se não me engano também a URSS havia terminado, e, apesar de ainda persistir o perigo nuclear, esse medo deixou de permear o inconsciente coletivo. Ano Zero – Vidas Roubadas, escrita e ilustrada pela dupla Paulo Hamasaki e W. Felipe, começa em plena ação onde um homem e uma mulher se encontram numa cidade devastada, encurralados por monstruosidades mutantes. Hamasaki dá um tratamento de HQ de super-herói, mas a conclusão um tanto amarga lhe dá um sentido diverso do heroísmo. Opus 1, que vem na seqüência, é assinada por Schaal e tem somente duas páginas, fala também sobre a humanidade pós-hecatombe nuclear, mas usando de um notável humor negro. A terceira história é uma preciosidade indescritível, que por si só valeria o gibi todo: uma curiosíssima HQ de Lourenço Mutarelli que leva o título de O Nada, história cômica-de-ficção-científica-existencial-filosófica, enfim, como sempre o estilo inclassificável do autor de O Dobro de Cinco.

Após o pequeno torpedo de Mutarelli os leitores do Superalmanaque Astrounauta #2 têm a chance de ler HQ de Sérgio Peixoto (roteiro) e Álvaro Omine (desenhos), chamada O Conserto, e vou lhes contar: uma tiração de sarro impagável do seriado televisivo Jornada nas Estrelas (pelo visto, os “trekkers” enchem o saco já não é de hoje). E preparem-se: Velhos Tempos, escrita por Kiko Machado e ilustrada por ninguém menos do que o incrível Allan (desenhista de Nonô Jacaré), é um soco no estômago de quem pensa que o homem tem controle sobre as coisas do mundo. Só não é a melhor HQ deste gibi porque Cura, de Daniel Lopes, consegue superá-la – uma forte metáfora sobre ganância e egoísmo, e como isto pode retornar em forma de remorso e sofrimento, aos perpetradores de tais vícios. A dupla Peixoto/Omine retorna em Cosmopanzers, que é aventura rotineira sobre o conflito homem vs. máquina. Segue HQ assinada por Hans e Rock chamada Rancor – que destoa do tema da revistinha, já que não tem nada de futurista, mas temática urbana e violenta, cheia de intolerância e revolta.

É hora da colaboração do portenho José Málaga em Eva-G, história engraçadíssima que na verdade serve como defesa das aventuras de magia e fantasia estilo Conan – e o próprio herói cimeriano dá as caras por lá para, digamos, expor seu ponto de vista. Segue outra HQ desenhada por argentino: Mosquil nos mostra Temporada de Caça ao Coelho, naquele estilo neurótico e alucinado e demente como se acostumaram a ver os leitores da saudosa Animal. Se o sujeito estiver meio chapado ao ler a história, periga não entender nada... No verso da contracapa um desenho de Seabra anuncia mais emoções para o próximo número – não sei se foi lançado, mas parece certo que existe o número 1 – aí sim, ainda sobram emoções, ao menos para os colecionadores.


Resenha publicada origalmente em Bigorna.net e reproduzida neste blog com autorização do autor.


Você pode conferir esta preciosidade na Biblioteca da Casa!